DIÁRIO DE VIAGENS
Crônicas de Viravento.
Bem no meio do deserto branco
Uma infinita campina imaginária
Crônicas de Viravento.
Bem no meio do deserto branco
Uma infinita campina imaginária
...
No meio da jornada surgiu um Hormigante
E Carlauberto montado nele
Depois que os habitantes de Viravento,
domesticaram os Hormigantes,
ganharam o transporte perfeito
Para jornadas no além branco
O imenso e puro deserto cor-de-papel
Que separa o lado-de-cá do lado-de-lá
No dia seguinte encontrei um ponto
Achei que fosse uma pequena pedra
Carlauberto disse:
-Não é pedra, não. É a cidade, lá longe.
Viravento!
O deserto causa essa sensação quase-sempre.
A perda do perto-longe ao viajante.
Hormigante acelerou a passada.
Viravento ía crescendo no branco,
onde adiante avistamos outro ponto.
Gritei:
-Outra cidade lá longe!
Carlauberto advertiu:
-Cidade não. Uma Pedra. E depois uma folha, e uma flor,
e o caminho até a ponte, bem em frente.
Extraído de meu diário, da primeira viagem a Viravento.
Alê Abreu
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